Entre sem bater

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Nem toda conexão energética está pronta para se tornar presença.

Às vezes, duas almas se encontram num campo invisível, tocam frequências que parecem milenares, sentem como se já soubessem tudo uma da outra — e ainda assim, não se tornam caminho.

Porque sintonia vibracional, sozinha, não basta.

É possível que exista magnetismo, memória, um tipo de dança sutil entre almas que se reconhecem… mas se uma delas ainda não está inteira na Terra — o amor não encontra onde pousar.

Acontece quando alguém vibra no coração, mas não sustenta na escolha.

Quando há palavras doces, mas nenhuma direção concreta.

Ou quando há até desejo… mas a coragem de permanecer não nasce.

Sintonia vibracional sem reciprocidade existencial é como uma música linda tocando no vazio.

Você ouve, sente, chora… mas não dança com ninguém.

E talvez seja isso que mais nos fere:

a sensação de que algo é real no plano sutil, mas impossível de viver no plano físico.

É por isso que, a partir de um ponto da jornada, não basta mais energia.

É preciso presença. Escolha. Corpo. Caminho.

E você vai aprender — com dor e com amor —

que não se vive um relacionamento com sinais, sonhos ou sincronicidades.

Relacionamento se vive com presença mútua, dia após dia, na matéria.

Com decisões alinhadas. Com afeto encarnado. Com ações que confirmam o campo.

Não se sustente mais por “sintonia” com alguém que não vem.

Não se alimente de vibração que não se torna realidade.

Não chame de amor o que só existe no etéreo.

Porque amor de verdade é aquele que — mesmo vindo do céu — tem coragem de pisar na Terra com você.

E quando você finalmente compreende isso, algo muda dentro.

Você para de buscar sinais e começa a buscar raízes.

Você escolhe estar onde há chão, não apenas onde há céu.

E sem mágoa, sem fechar o coração, você solta o que não se manifesta.

Não por orgulho. Mas por amor-próprio.

Porque a verdade é que você merece viver o amor que também te escolhe.

Que vem. Que fica. Que te enxerga no agora.

Que constrói — não apenas canaliza.

É nesse ponto que o milagre acontece:

o campo se abre para um novo encontro.

Um encontro com alguém inteiro. Presente. Capaz. Disponível.

E você percebe que não era sobre a falta do outro.

Era sobre o excesso de ausência que você estava sustentando.

Soltar é também um ato de fé:

o amor verdadeiro não se ofende com o tempo,

não se assusta com a presença,

e nunca — nunca — foge da realidade.

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